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Dia 10 de maio, quinta-feira

As investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes ganharam importante impulso no dia de ontem (9). Foi amplamente divulgado que uma testemunha procurou a polícia pedindo proteção e envolveu no assassinato da vereadora e do motorista o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-policial militar Orlando Oliveira. O crime, que ocorreu em 14 de março, segue sem um desfecho por parte da polícia. 

Marcello Siciliano negou envolvimento, dizendo que a denúncia é totalmente mentirosa. Em coletiva à imprensa, definiu a acusação como um factoide. 

Na terça-feira (8), mais um policial militar foi morto a tiros na cidade do Rio de Janeiro. O sargento Luiz Felipe de Castro tinha acabado de deixar o trabalho quando foi atacado por vários bandidos. Assim, subiu para 46 o número de policiais militares assassinados em 2018 no estado do Rio. 

Durante o dia de ontem, foram realizadas três operações simultâneas em diferentes áreas do estado: nas rodovias que fazem fronteira com os estados de São Paulo e Minas Gerais, na Avenida Brasil e nas comunidades de Furquim Mendes, Dique e Vigário Geral. A ação ocorreu em parceria com a Polícia Rodoviária Federal. 

Nas fronteiras do estado, o objetivo é controlar e atacar o tráfico de drogas e de armas. Na Avenida Brasil, atacar o roubo de cargas. Foram presos 21 suspeitos de envolvimento com roubo de cargas. Nas comunidades da Zona Norte, o trabalho foi de remoção de barricadas feitas pelo tráfico que impedem o trabalho da polícia.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre Moraes apresentou, na última terça, na Câmara dos Deputados, um conjunto de propostas para endurecer a legislação penal.  O projeto propõe 40 anos de pena máxima para crimes de milícias.

Ruan Gomes, filho do ex-PM Marcos Gomes, foi assassinado quando jogava futebol. O crime foi na noite de terça no bairro de Inhoaíba, na Zona Oeste do Rio. Marcos Gomes, conhecido como Gão, é um dos chefes da maior milícia do Rio.

Durante a tarde de ontem, a Rocinha viveu um grande conflito e forte tiroteio. O sargento Anderson da Conceição morreu baleado durante o confronto. O soldado Jandré Silva ficou ferido. Com a morte do sargento, subiu para 47 o número de policiais militares assassinados em 2018. A autoestrada Lagoa-Barra ficou fechada.

A Polícia Militar alertou, em suas redes sociais, sobre o confronto pedindo que a região fosse evitada. No início da noite, a parte alta da favela ficou totalmente no escuro.

Vale destacar que os perfis institucionais da PM do RJ e da própria intervenção
federal, noticiando resultados de operações policiais e ações de gestão de recursos, como
manutenção de viaturas, vêm apresentando uma influência significativa nas redes sociais
entre os internautas, com diversos retweets e comentários. 

Apesar disso, o Olerj divulgou ontem que o debate no Twitter sobre a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro reduziu em 33% na primeira semana de maio (1 a 8/5), em relação à semana passada. Do total de participação, 28,8% questionam mortes de policiais militares, exaltam as Forças Armadas e fazem alusão à maior presença de militares no País; 14,4% são críticas à redução de direitos e à guerra às drogas. O desabamento do prédio em São Paulo é associado à intervenção como exemplo da falta de políticas públicas que reduzam a desigualdade. Ainda há perfis que discutem o cotidiano de violência sob o ponto de vista das comunidades (8,7%) e compartilham, em tempo real, boletins sobre ocorrências policiais (6,7%).

Até amanhã,

Equipe do Olerj