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Dia 14 de junho, quinta-feira

Hoje faz três meses da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A investigação segue longe do fim e a polícia diz ter poucas certezas, mas uma é que o crime foi minuciosamente planejado. Marielle e Anderson foram assassinados em uma emboscada no dia 14 de março. 

Segundo as investigações, o assassinato da vereadora pode ter sido planejado com bastante antecedência. A Divisão de Homicídios da capital considera o caso o mais difícil da história da delegacia.

Investigadores avaliam que a vereadora poderia ter sido vítima de escuta clandestina em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O vereador Marcello Siciliano segue suspeito, mas a delegacia segue na busca de provas.

As perguntas feitas nestes três meses pela sociedade e pelos jornalistas:

1 - Quem matou Marielle e Anderson? 

2 - Quem mandou matar Marielle e Anderson? 

3 - O que motivou o crime? Para os policiais a motivação foi política.

4 - Por que não há imagens do momento do crime? 

5 - Por que estavam desligadas? Vale destacar que cinco das onze câmeras do Centro de Operações Rio estavam desligadas. 

Para o coordenador da Força Tarefa, Homero de Freitas, não existe crime perfeito. Ele alerta que dentro dos recursos disponíveis as investigações estão avançando. Também considera que o assassinato de Marielle e Anderson é o crime mais complicado na história da Divisão de homicídios. Segundo garantiu, a investigação pode demorar mas vão conseguir encontrar os autores sim.

Sobre muitos crimes sem elucidação, ele disse que a Delegacia de Homicídios passa por grandes dificuldades materiais, mas conta com grande empenho dos policiais. 

A Anistia Internacional voltou a cobrar com força resultados sobre a investigação do assasssinato de Marielle e Anderson. O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, se reuniu ontem com a família de Marielle Franco e com a Anistia Internacional e afirmou que o crime foi político. A reunião contou com a presença dos pais e da viúva de Marielle e com a coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional.

O general Paulo Roberto Rodrigues Pimentel declarou que nove mil policiais deixarão as UPPS para trabalhar nos batalhões de Polícia Militar. As próximas UPPs a serem encerradas serão do Complexo do Alemão e da Providência.

O general também justificou que a intervenção ainda não utilizou o R$ 1,2 bilhão. “O que a gente está terminando é aquela burocracia de aquisições pela Lei 8.666, que regula licitações”, afirmou. A especialista Sílvia Ramos, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, disse que a intervenção precisa respeitar a legislação das licitações. 

Pesquisa DataFolha revelou que 92% da população tem medo de bala perdida e 30% já esteve no meio de tiroteios.

O chefe do inspetor morto em Acari escreveu carta pública afirmando que o estado do Rio está em guerra.

O delegado titular da Delegacia de Combate às Drogas, Felipe Curi, escreveu: “o estado está em guerra e a Polícia Civil abandonada”.

Em Niterói e em São Gonçalo, ocorreu operação que prendeu uma quadrilha especializada em clínicas dentárias.

Até amanhã,

Equipe do Olerj