Dia 14 de março, quarta-feira
Por meio de um diálogo com policiais, verificou-se um sério problema na corporação. Ontem (13), o salário de fevereiro ainda não havia sido pago e o décimo-terceiro salário de 2017 também não.
Estes atrasos constantes nos salários desde 2015 geraram dívidas familiares nos policiais militares. A insegurança sobre o salário sem dúvida vem atrapalhando muito o trabalho de prevenção e combate ao crime.
Ontem também foi um dia de operação policial na Secretaria de Administração Penitenciária.
Além disso, a sociedade se informou com o depoimento do ex- presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Jonas Lopes, que confirmou ter recebido junto com outros conselheiros uma mesada de 70 mil reais mês. Se a violência de rua, assaltos e homicídios chocam a população, o roubo do estado pelos seus agentes também deixa a população perplexa.
A imprensa seguiu discutindo o assassinato de três mulheres em menos de 24 horas, sendo que duas estavam grávidas.
Outra decisão da intervenção que será avaliada refere-se ao trabalho de vistoria que será iniciado nos batalhões da Polícia Militar.
A intervenção segue sem plano nem planejamento.
A equipe do Olerj participou ontem (13) de uma audiência pública com a Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha o planejamento, a execução e os desdobramentos da intervenção federal no Rio de Janeiro, durante a qual apresentou seu plano de trabalho para os deputados. Os parlamentares deram sugestões para a atuação do grupo e propuseram uma ação colaborativa entre a Comissão e o Observatório. Técnicos do Tribunal de Contas da União também participaram e focaram suas preocupações com as questões fiscais e orçamentárias da intervenção.
O presidente Michel Temer indica que o fim da intervenção pode ser antecipado para setembro.
Até amanhã,
Equipe do Olerj