Seu browser não tem suporte a javascript!

Dia 19 de junho, terça-feira

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira preocupam. Dos 3.223 adolescentes infratores detidos de janeiro a maio de 2018, 83% tinham abandonado a escola. 

Em 2016, 10.100 alunos deixaram as escolas da Prefeitura, o que significou 2,1% de evasão escolar. Em 2018, 8.416 estudantes já haviam abandonado a escola segundo o secretário municipal de Educação, César Benjamim. A Secretaria Municipal de Educação fechou, em 2018, 375 turmas por conta da evasão. 

O Brasil já tem 2,5 milhões de crianças e adolescentes fora da escola. E existe um grave problema, a reinserção tem sido abandonada pela Prefeitura do Rio nos últimos anos.

A prefeitura encerrou o programa Aluno Presente, que mantinha uma equipe de 70 profissionais que atuavam em 161 bairros e 855 favelas. O secretário de Educação diz não ter recursos para retomar o projeto.

Enquanto mais crianças deixam as escolas todos os dias, mais crianças e adolescentes são incorporados pelo tráfico e pelas milícias a cada dia. A violência está com sua porteira totalmente aberta à medida que as escolas não seguram seus alunos.

A decisão da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro de fazer o Regime Adicional de Serviço Obrigatório não foi bem recebida por policiais. O desenho anterior do programa permitia que o PM escolhesse o local e a hora para o trabalho extra.

O RAS foi implantado em 2012 visando afastar o PM da segurança privada. A Secretaria de Segurança Pública tornou a atividade obrigatória e passou a definir local e hora de atuação. Todos os locais com alto índice de criminalidade, já que a ação faz parte de um conjunto de medidas para melhorar a segurança pública no estado.

Representantes dos policiais tentam abrir diálogo com o comando da intervenção alegando que as mudanças estão influenciando na qualidade de vida do policial e na saúde do policial. Também se aponta que o novo modelo afasta o policial do convívio familiar. 

Uma reclamação adicional dos policiais é referente à remuneração. Policiais militares recebem R$ 163,00 dia, já o policial rodoviário recebe R$ 430,00.

O dia de ontem começou com uma grande operação na Baixada Fluminense em busca de assassinos de um sargento da PM. Participaram da ação 250 agentes de segurança. O objetivo era prender 45 pessoas. O sargento foi assassinado no último dia 07 e no mesmo dia sua mãe morreu ao reconhecer o corpo. A ação concentrou-se na favela do Lixão e no complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. 

Os agentes também buscaram na ação os responsáveis pela morte do menino Artur Cosme de Melo, atingido por uma bala perdida ainda no ventre de sua mãe.

O ex-deputado estadual e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado prestou depoimento à Delegacia de Homicídios da capital sobre sua relação com a principal testemunha do caso Marielle Franco e Anderson Gomes. O conselheiro está afastado de suas funções por uma decisão do Supremo Tribunal Federal. 

Bandidos roubaram na manhã de ontem o centro de distribuição das Lojas Americanas. Os bandidos conseguiram fugir e apenas um caminhão foi recuperado. Houve trocas de tiros entre policiais militares e os criminosos.

A polícia iniciou a investigação da morte de dois jovens em São João do Meriti, Baixada Fluminense. Quem vai apurar o crime é a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.

O tráfico no Morro da Providência, favela mais antiga da cidade do Rio, cresce em forma acelerada e já controla a área da Gamboa. A liberdade com que traficantes atuam na área já compromete gravemente a revitalização da área portuária. O bairro da Gamboa, que vivia um ciclo de reorganização, está abandonado, esvaziado e perigoso. 

Moradores do Rio já falam em controle do tráfico sobre vida diária das pessoas. O número de obras públicas paradas ou em processo lento são outro problema que fortalece a expansão do tráfico. Barricadas estão montadas nas ruas e mesmo com conhecimento da polícia ainda não foram retiradas.

As autoescolas avaliam suspender as aulas noturnas por conta da violência. Instrutores já denunciaram assaltos. O DETRAN já solicitou ao governo federal que as aulas noturnas que são obrigatórias por lei sejam suspensas até dezembro de 2018. 

O governo estadual no meio da crise de violência tomou uma medida muito grave: fechou escolas com cursos noturnos. O número de matrículas no Ensino de Jovens e Adultos já foi reduzido em 50%. Em 2010, eram 429 mil alunos matriculados e, em 2017, 241 mil. O governo do estado alega que é preciso conter gastos. 

Em São Gonçalo, o subtenente da Polícia Militar, Rogenir Mouro de Oliveira, foi assassinado enquanto chegava em casa com 15 tiros. Ele era lotado no 16º Batalhão de Polícia Militar, em Olaria, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele foi o 57º policial militar morto no estado do Rio em 2018. O Disque-Denúncia já divulgou cartaz oferecendo R$ 5 mil de recompensa a quem der informações que levem aos assassinos. 

A Polícia Militar está com seu sistema de checagem de carros roubados com graves problemas há mais de 10 dias. O problema é resultado de uma instabilidade no Centro de Tecnologia do governo do estado e a precisão para consertar a falha está prevista apenas para dia 21 de julho.

Ontem (18) aconteceu mais uma reunião de trabalho da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha os desdobramentos da Intervenção com o General Braga Netto, General Richards Nunes e equipe do Gabinete da Intervenção. O Interventor apresentou o Plano Estratégico e as últimas ações empreendidas. O OLERJ estava presente e lançará em breve publicações com base nos cinco objetivos estratégicos do Plano da Intervenção.  

Até amanhã,

Equipe do Olerj