Estudo do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro mostra que os crimes de letalidade humana estão crescendo no interior. No primeiro trimestre de 2017, foram 431 casos. No mesmo período de 2018, houve 509 casos. 

A média no estado caiu 1,6%, mas aumentou 11,8% em Campos, 30% em Macaé e 32,4% em Angra dos Reis. A interiorização da violência é crescente e assusta. A intervenção federal na segurança pública não conseguiu ainda preparar um plano voltado para as cidades que não fazem parte da região metropolitana do Rio de Janeiro. 

Deputados da Assembleia Legislativa vão procurar o general Richard Nunes, secretário de Segurança Pública, para debater soluções para a gravidade do aumento de crimes letais no interior do estado.

A violência e o medo que invadiram a cidade de Angra dos Reis têm afetado diretamente a economia da cidade. Conhecida por suas ilhas e praias, Angra teve no feriado do dia do trabalhador, 1º de maio, 45% de ociosidade em sua rede de pousadas e hotéis.

Várias pequenas comunidades da cidade estão sendo abandonadas pelos moradores por conta da permanente guerra entre facções. No primeiro trimestre de 2018, foram 49 mortes violentas, 32,4% a mais do que nos primeiros meses de 2017. O número de roubos de veículos aumentou 78%.

A Prefeitura do Rio anunciou que, em uma semana, 300 guardas municipais estarão nas ruas com armas não letais. Eles já estão em treinamento. As armas a serem usadas serão: pistolas de choque e spray de pimenta. A decisão dividiu a opinião dos especialistas em segurança pública, mas a Prefeitura afirma que os profissionais estão preparados e sabem que não podem banalizar o uso das armas não letais.

Na segunda-feira, um ataque deixou quatro mortos em Santa Cruz, Zona Oeste da cidade do Rio. Traficantes tentaram invadir conjunto habitacional controlado por milícia. Foi um duro confronto que assustou muito os moradores do conjunto conhecido como Cesarão.

A favela da Rocinha sofreu duramente com um confronto entre policiais e bandidos na segunda. Foi um dia intenso de tiroteios.

Ontem as Forças Armadas fizeram operação em onze favelas da Zona Norte e da Zona Oeste do Rio: Curral das Éguas, Fumacê , Muquiço, Palmeirinha, Batan, Minha Deusa, Parque das Nogueiras, Vila Vintém, PróMorar 1 e 2 e Triângulo. As operações tiveram por objetivo melhorar as condições de acessibilidade para melhoria do policiamento ostensivo. Foram três dias de intensos tiroteios. 

Até Amanhã, 

Equipe do Olerj