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Dia 27 de abril, sexta-feira

Ontem pela manhã, uma menina foi atingida por uma bala perdida dentro de uma escola na Zona Norte do Rio. A insegurança nas escolas já é um problema antigo no estado. Não há proteção.

A situação das milícias continua preocupando a intervenção. Na Zona Oeste, eles já cobram até por entrega de correspondências. Cálculos indicam que milicianos da região já faturam cerca de R$ 300 milhões por ano. 

Ontem um policial civil foi preso por tráfico de drogas. Ele foi detido dentro de uma academia de ginástica na Zona Oeste.

Em Copacabana, guardas se envolveram em uma briga com grupo de evangélicos. Desse conflito, 12 pessoas foram feridas e levadas para o Hospital Miguel Couto. A Guarda Municipal acusou o grupo de estar fazendo pichações. A Prefeitura afastou os guardas para investigar os procedimentos que adotaram.

Ontem um forte tiroteio na Maré assustou moradores, levou pânico a motoristas que passavam pela Avenida Brasil e interrompeu o serviço do BRT. Uma pessoa ficou ferida por bala. Caminhões foram abordados por bandidos gerando perseguição.

A Polícia Militar recebeu 265 novas viaturas para reforçar o efetivo no estado. Serão realocados 140 policiais das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) para três batalhões (Rocha Miranda, Mesquita e São Gonçalo). No lugar deles, entrarão 400 recrutas.

No final da tarde de ontem, suspeitos de integrar milícias, presos em festa organizada por criminosos, começaram a deixar a prisão. Ao todo, 137 presos tiveram a prisão revogada pela justiça. O malabarista preso nessa operação já embarcou para a Europa.

Dois policiais que estavam de folga encontraram bandidos praticando assaltos na região da Linha Vermelha. Houve trocas de tiros e os policiais foram feridos. 

No município de Angra dos Reis, nove pessoas ficaram feridas e duas morreram em um ataque de traficantes durante um jogo de futebol. As facções rivais estão levando o terror à região da Costa Verde do estado e, em particular, no município de Angra.

O Gabinete da Intervenção decidiu fechar 12 UPPs e fundir sete. Decisão que qualifica o desmonte do que foi a principal política de segurança pública do estado por mais de 10 anos. Os policiais que hoje atuam nessas unidades serão distribuídos para os batalhões. 

Relatório da Universidade Cândido Mendes que criou o Observatório da Intervenção, formado pelo Centro de Estudos da Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, afirmou que a violência no estado durante o período da intervenção aumentou. Para a professora Sílvia Ramos, a intervenção não veio solucionar o problema da violência e talvez tenha criado outros. O documento diz que a intervenção está à deriva no estado.

Até segunda, 

Equipe do Olerj