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Dia 30 de maio, quarta-feira

As forças de segurança pública continuam trabalhando para a garantia do abastecimento de alimentos, remédios e gasolina para os postos. Por causa da consequência da paralisação dos caminhoneiros, as cidades do estado ficaram vazias. 

Ontem uma das principais atribuições das forças de segurança foi escoltar caminhões de frutas, legumes e hortaliças da região serrana para o Ceasa da capital. 

Muitas cidades decretaram ponto facultativo, escolas e creches não funcionaram, hospitais desmarcaram cirurgias eletivas e universidades públicas suspenderam as aulas até o dia 04 de junho. A Fecomercio estimou um prejuízo de R$ 1 bilhão por dia. 

Niterói voltou a conviver com tiroteios no bairro de Icaraí e Fonseca.

Policiais militares reclamaram publicamente que o valor da última parcela devida pelo governo do estado foi paga pela metade. O governo disse que as diferenças deverão ser tratadas diretamente entre a PM e o órgão responsável pelo pagamento.

O secretário de Segurança Pública, general Richard Nunes, disse que a Praça Seca ficou abandonada pelo estado e tornou-se normal a marca do crime no local. 

“Ela ficou abandonada pelo estado. Ali era uma área normal, tinha até um drive thru do INSS na região do Mato Alto. Aquilo se familiarizou pela incúria do poder público, principalmente no nível municipal, que permitiu uma ocupação desarticulada”. Para o secretário de Segurança Pública, a Praça Seca deve ser prioridade total para a intervenção federal.

O secretário da Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro, Paulo Messina, veio a público dizer que o tráfico estava assumindo o controle das estações do BRT na cidade. Messina afirmou, em entrevista coletiva, que o tráfico de drogas tomou as estações Cesarão1 e Campo Grande. Como os BRTs não voltaram a funcionar por falta de combustível, suas estações teriam virado “quiosques do tráfico de drogas”. 

A prefeitura acionou as forças de segurança da intervenção pois os ônibus também estão enfrentando ameaças dos traficantes se voltarem a funcionar. Vários veículos já foram alvos de pedras quando tentaram circular. 

Na reunião para avaliar os cem dias da intervenção, o secretário de Segurança Pública, general Richard Nunes, fez duras críticas ao projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Para ele, as UPPs cresceram para atender interesses eleitorais. 

Richard Nunes disse também que o policial da UPP precisa trabalhar em condições dignas e não pode ser colocado em um contêiner imundo. “As UPPs foram expandidas de maneira irresponsável”, criticou. O secretário, porém, afirmou que não pretende acabar com todas as 38 UPPs do estado.

Em Itaboraí, militares impediram novos bloqueios nas estradas pelos caminhoneiros. A polícia prendeu 36 pessoas em área de milícia por crime ambiental. O grupo estava desmatando e erguendo construções ilegais no bairro do Itanhangá na cidade do Rio de Janeiro. Na ação, foram apreendidos caminhões, drogas e máquinas de bate estaca.

O tráfico retomou com força as áreas da Vila Kennedy. A comunidade havia sido considerada o projeto inicial da intervenção e lá foram realizadas as primeiras operações. As tropas federais deixaram a comunidade no dia 14 de maio e a Polícia Militar retomou o patrulhamento. Desde então, o tráfico, segundo os moradores, voltou a atuar livremente na comunidade.

Foi identificado que milicianos das cidades de Seropédica, na Baixada Fluminense, de Petrópolis, na Região Serrana, e de Barra Mansa, no Sul Fluminense, foram acionados para impedir a saída de caminhões parados pela greve dos caminhoneiros. As Forças Armadas foram chamadas. 

A Polícia Militar prendeu suspeito de chefiar milícia de Nova Iguaçu. O nome dele é Jeferson Jasmin. Ele foi preso na estrada do Iguaçu andando em um carro roubado. Ele é considerado pela polícia o chefe das maiores e mais violentas milícias da Baixada Fluminense. 

Traficantes invadiram um condomínio do Minha Casa, Minha Vida no Complexo do Chapadão. A invasão foi confirmada pela Polícia Militar. Muros foram derrubados e cerca de cem apartamentos ocupados.

O tenente-coronel Márcio Guimarães assumiu o 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Niterói e, em sua posse, propôs integração com as delegacias.

Até sexta, 

Equipe do Olerj