Dia 6 de março, terça-feira
A intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro vai ganhando forma com os nomes da equipe do general Braga Netto assumindo suas posições.
No último domingo (04), o general Richard Nunes, novo secretário de Segurança Pública no Rio, defendeu em longa entrevista ao jornal O GLOBO o “fim dos confrontos". O novo secretário também anunciou que os militares farão ações sociais nas comunidades.
A semana começou com certa frustração localizada no bairro de Vila Kennedy, onde, na semana anterior, os militares haviam retirado todas as barricadas colocadas pelo tráfico nos acessos à região. Na segunda-feira (05), as barricadas estavam de volta aos locais, o que gerou muitas perguntas entre a população sobre a real força do tráfico e as condições de se vencer esse poder paralelo e clandestino.
A intervenção federal na segurança ainda não apresentou um plano nem metas. Ontem houve reunião da equipe do Olerj com a Associação de Professores Inativos da Universidade Federal Fluminense (UFF). O apoio à intervenção era praticamente unânime.
Enquanto os dados de fevereiro não são divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), o Observatório aprofunda as análises sobre os dados de janeiro de 2018, comparando-os com janeiro de 2017.
A sociedade civil tem uma série de reuniões marcadas para esta semana sobre a intervenção. Um dos desafios do Observatório, além de mediar os dados e informações, é compreender a manifestação popular e social sobre a intervenção.
O apoio e a credibilidade da população são, sem dúvida, uma força importante para que a violência possa de fato ser vencida.
Segue a observação sobre o estudo que aponta um déficit de 29 mil policiais no estado e o total sucateamento dos carros que fazem a patrulha. Amanhã haverá comentário sobre este debate.
Até Amanhã,
Equipe do Olerj