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Dados não-quantificáveis devem se somar aos indicadores acompanhados pelo Olerj

30/08/2018 às 16h:52

Necessidade de levar em conta avanços em outras áreas foi constatada por membros do observatório

O Observatório Legislativo da Intervenção Federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (Olerj) deve incluir os progressos constatados em setores não-passíveis de quantificação entre aqueles já levados em conta atualmente. "Além dos indicadores acompanhados pelo observatório, é preciso prestar atenção nos dados intangíveis, melhorias que estão sendo implementadas e não são quantificáveis, muitas delas ainda invisíveis aos olhos da sociedade", constatou a coordenadora do Olerj, Andréa Sampaio Perna.

A coordenadora e o consultor legislativo da Câmara dos Deputados Sergio Senna se reuniram nessa segunda-feira (27), no Rio, com integrantes do Gabinete da Intervenção Federal (GIF) e com o secretário estadual de Segurança Pública, general Richard Nunes. No encontro, representantes das forças de segurança apontaram a formação de policiais civis e militares como prioridade para superar o problema da violência no estado. "O resgate do processo educacional pleno das polícias é fundamental para o interventor, embora os entraves ainda sejam numerosos, como observamos a partir dos relatos de representantes das academias das polícias militar e civil", disse Andréa Perna. "Pudemos perceber que a intervenção encontrou academias abandonadas e esvaziadas, polícias desestruturadas e desmotivadas", contou.

Os integrantes do Olerj também ouviram das autoridades relatos de avanços em relação às aquisições de materiais para as polícias. A coordenadora disse que a intervenção constatou a necessidade de se fazer treinamentos em licitações e contratos, além de diagnósticos reais do que de fato precisa ser adquirido e contratado. Segundo ela, já há cerca de R$ 808 milhões em aquisições planejadas (em processamento) do R$ 1,2 bilhão destinado à intervenção. "Percebemos que tudo é uma luta, desde a compra do papel para a delegacia ao concurso público para repor os 23.000 policiais civis necessários ao estado do Rio de Janeiro", disse Andréa Perna. Atualmente, o efetivo é de 9.100 agentes.

Participaram também da reunião o general Paulo Roberto de Oliveira, secretário de Intervenção Federal do Gabinete de Intervenção Federal no estado do Rio de Janeiro; o general Laélio Soares de Andrade, secretário de Administração do GIF; o general Paulo Roberto Pimentel, subchefe da Secretaria do GIF; o general Sérgio José Pereira, chefe de Assessoria de Relações Institucionais; Flávio Morgado, assessor da Secretaria Estadual de Segurança Pública, além de coroneis da Polícia Militar e delegados da Academia da Polícia Civil.