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Assaltos na rua

Os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) sobre os assaltos que acontecem nas ruas podem explicar claramente a sensação de insegurança e o clima de medo em que vivem cariocas e fluminenses.

Segundo o ISP, houve um aumento de 54,3% no número de roubos de rua entre janeiro de 2017 e janeiro de 2018. Em janeiro de 2017, foram 7.098. No mesmo mês deste ano, 10.952.

É importante destacar que este é o número de registros de ocorrência do roubo, ou seja, dos casos em que as vítimas efetivamente procuraram as delegacias para prestar queixa.

Em geral, quem procura as delegacias para apresentar queixa é porque precisa do boletim de ocorrência para acionar o seguro ou por ter sofrido violência física.

Se compararmos os dados dos meses de novembro de 2016 a janeiro de 2017 com aqueles referentes ao mesmo período em 2017 e2018, o aumento foi de 1,8%. Entre novembro de 2016 e janeiro de 2017, foram 30.088 ocorrências. No período seguinte, 30.639.

No município do Rio de Janeiro, moradores de bairros com grande incidência de assaltos colocaram cartazes e placas alertando para o perigo. É um jeito de se defender.

Entrevista

Hoje (16) o Observatório conversou com uma mulher vítima de assalto no ônibus, que preferiu não registrar queixa na delegacia. A entrevistada não quis se identificar.

Você nos disse que foi roubada, mas preferiu não dar queixa?
Fui assaltada no ônibus. Levaram minha carteira e o celular. E aí, eu já tava no maior prejuízo, ainda ia perder tempo em delegacia?

Como assim perder tempo? Você não acha que é importante delegacia registrar o assalto?Com tanto problema de violência, eu lá vou amolar delegado com meu assalto? Registra que levaram a carteira e celular? Pra quê? Deixa eles trabalharem em paz!

Mas você então fez o quê?
Ué, assumi o prejuízo, né? Comprei um celular novo, dividi o pagamento em 10 vezes. Agora, te garanto que vou ficar mais ligada na rua e nas pessoas.

Você sente medo de ser assaltada de novo?
Não tenho medo de ser roubada não. Podem levar tudo, que isso a gente dá um jeito. Mas tenho medo de violência, de agressão. Então, eu entrego logo tudo o que eu tiver na hora, para não ter alteração. Porque a vida, essa não tem preço.

Você acha que a intervenção na segurança aqui no Rio vai melhorar esta situação?
Não sei se vai melhorar, mas eu tô torcendo muito para dar certo.