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Roubo a estabelecimento comercial

O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulga mensalmente os dados oficiais do estado do Rio de Janeiro sobre crimes contra o patrimônio. O roubo a estabelecimentos comerciais é um deles.

Com informações detalhadas sobre a ocorrências de janeiro a outubro de 2018, o ISP disponibiliza um infográfico que chega a informar a distribuição de roubos ao comércio por dias da semana para outubro e até os horários em que mais ocorrem.

Acompanhe no infográfico a série histórica mensal desde janeiro até outubro último.

Com a média de 18 roubos a estabelecimento comercial por dia, entre janeiro a outubro deste ano, o estado do Rio de Janeiro viu em outubro de 2018 o menor número de roubos a estabelecimento comercial desde fevereiro de 2013, excluindo o período de paralisação da Policial Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ).

A notícia é muito bem vinda para os lojistas fluminenses e para os cariocas, em particular, que viveram um período de muita insegurança em 2016 e 2017.

Os roubos e assaltos foram uma constante na cidade, principalmente nos estabelecimentos de venda de celulares. Dados da Polícia Civil indicam que, entre 2014 e 2016, mais de 300 lojas de venda de aparelhos celulares foram roubadas. E nos quatro primeiros meses de 2017, cerca de 6 mil aparelhos celulares foram alvo de bandidos.

Entrevistas

Jairo Araújo, 42 anos, morador da zona norte da cidade do Rio de Janeiro

O senhor vai fechar a sua loja, não é?                                                                              

Infelizmente vou fechar. Vou ter que fechar. Não que eu queira, mas nós não temos mais condições de continuar aqui.

O motivo dessa decisão foi o roubo aqui, na sua farmácia?

O motivo é a insegurança, o medo que a gente vive todo dia. Não foram os roubos não, porque eu fui assaltado aqui três vezes em menos de dois anos! A gente abre a porta pra trabalhar com medo. Minha mulher tem medo até do cliente, desconfia de todo mundo. Como é que a gente vive assim?

Os roubos foram violentos

Muito. O rapaz que trabalhava aqui comigo no balcão levou um tiro nas costas. Os vagabundos entraram aqui, gritando, colocando a arma na cara da gente. Roberto ficou nervoso demais, perdeu o controle e se virou, acho que queria ir para os fundos da loja. Nem ele soube explicar. Levou um tiro nas costa. Está hospitalizado até hoje e nunca mais vai andar. Paralítico.

Esse foi o último roubo?                                                                                                                   

Isso. E foi a gota d’água. A gente não tem mais condições de trabalhar aqui. Eu digo a você que não sabemos o que vamos fazer. Estou passando o ponto, vendendo a loja. Só penso em ir embora daqui, salvar minha família, dar outra vida pra minha filha.

Me pergunta se algum dos bandidos foi preso! Nenhum. Tão por aí, solto. Daqui a pouco aparecem de novo aqui, pra acabar com a vida de mais alguém.

Mas a segurança no bairro não melhorou?                                                                                     

Por causa desses meninos aí do Exército? Isso é só fogo de palha. Fim do ano tá aí, eles já vão embora e a bandidagem vai voltar com força total.

O novo governador promete medidas mais radicais contra o crime...

Eu não vou ficar aqui pra ver. Cansei de promessas, cansei de político. A gente tem que fazer nosso destino. E eu não vou trabalhar pra entregar dinheiro pra bandido. E também não vou morrer aqui nesse balcão.

A gente teve que enfrentar uma crise danada aí. Crise braba, as pessoas desempregadas, sem receber salários... até fiado eu vendi. Mas além disso ficar na mão de ladrão, não dá não.